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Caso de tortura denunciado por dois jovens completa 1 mês sem respostas

Jovens supostamente agredidos enfrentam situação de descaso do Poder Público e do IML

24/07/2020 às 21h23
Por: Redação Fonte: Redação / Agência Tocantins
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Já se passou 1 mês desde que o portal de notícias Agência Tocantins veiculou uma reportagem sobre dois jovens que registraram boletins de ocorrência alegando que agentes da Guarda Metropolitana de Palmas os torturaram, e até o momento, nenhuma providência foi tomada desde que os jovens registraram o Boletim de Ocorrência na 1° Central de atendimento da Polícia Civil de Palmas.

Enquanto esperava que os acontecimentos fossem apurados, o pai de uma das vítimas esteve nesta última quinta-feira (23) no Instituto Médico Legal (IML) de Palmas em busca de respostas para a demora na entrega do laudo ao delegado encarregado pelo caso. Chegando lá, foi informado de que o laudo havia sido extraviado, ou seja, que o Instituto teria perdido o documento.

De acordo com o que foi passado pelo órgão, seria necessário imprimir um novo laudo e esperar pela assinatura do responsável para que o documento fosse encaminhado para a delegacia. A ação desrespeita o prazo que a autoridade policial tem para concluir o inquérito policial e encaminhar o caso para o Ministério Público do Estado – MPE/TO.

De acordo com informações apuradas pela Agência Tocantins, o delegado de Polícia Civil tem o prazo de 30 dias para concluir o inquérito e encaminha-lo ao Promotor de Justiça no Ministério Público estadual, porém já se passaram mais de 31 dias e até o presente momento a investigação sobre o caso não foi concluída e o prazo para a conclusão do inquérito já está no limite.

A reportagem entrou em contato com o IML de Palmas, na manhã dessa sexta-feira (24) e ao questionar a atendente sobre o laudo, a mesma visivelmente nervosa, informou que iria procurar pelo laudo médico já que, segundo ela, “um documento importante como esse não poderia ter sido simplesmente extraviado”. Momentos depois nos foi informado de que o laudo se encontrava devidamente assinado no IML, pronto para ser encaminhado para a delegacia de polícia.

A mesma informou a nossa equipe por telefone que o servidor público responsável por levar os laudos para as Delegacias havia deixado o documento fora da pasta, por isso que o laudo em questão ainda não havia sido entregue para a autoridade policial responsável pelo caso.

Enfrentando situações de descaso tanto do IML, quanto do Ministério Público que não se manifestou até então, os jovens lidam diariamente com o sentimento de injustiça e descaso pelo ocorrido, ainda aguardando que os responsáveis respondam criminalmente pelos seus atos.

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Lesões nas costas causadas pelas supostas agressões com uso de um facão – Foto: Alessandro Ferreira / Agência Tocantins

 

As vítimas informaram que foram obrigadas a capinarem o terreno do imóvel durante coação e agressões – Foto: Alessandro Ferreira / Agência Tocantins
As vítimas informaram que foram obrigadas a capinarem o terreno do imóvel durante coação e agressões – Foto: Alessandro Ferreira / Agência Tocantins

 

 

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