O caso da moradora Irene Almeida Chaves, que sofreu uma grave tentativa de feminicídio, perpetrada pelo marido, no dia 03 de janeiro de 2021, chocou a população da cidade de Araguacema, e causou repercussão em todo o estado, pelas brutalidades impostas supostamente pelo marido, durante o ato delitivo, apontado pela vítima.
O grupo de moradoras iniciarão a manifestação no dia 13 de janeiro (quinta - feira), às 05 horas 15 minutos da manhã, no centro de Caseara.
Relatos de terror
Segundo relatos da vítima, o agressor disparou três vezes. Nas duas primeiras tentativas, a arma falhou. Na terceira, o tiro atingiu a cabeça da mulher, sendo desferido a curta distância. A vítima conseguiu fugir e o agressor chegou ainda a persegui-la, dizendo que “iria terminar o serviço com o facão”.
Ireni relata em um vídeo divulgado nas redes sociais, que caminhou cerca de 8 quilômetros pela mata fechada e lavouras da região. Ela contou ainda que estava descalça e seus pés ficaram cortados. Para continuar a caminhar, ela dividiu o sutiã em dois e amarrou na planta dos pés, improvisando calçados. Após quase 24 horas, chegou a uma estrada vicinal e foi ajudada por um casal que passava pelo local.
A dona de casa foi encontrada com o ferimento na cabeça, apresentando hematomas no olho direito, abdômen e nas pernas, além de escoriações e cortes por todo o corpo, ocasionadas pela caminhada através da mata cerrada. No vilarejo, várias pessoas se mobilizaram para socorrê-la e, enquanto esperavam a ambulância, o agressor chegou no local procurando pela vítima e só não a localizou porque moradores a esconderam.
Ainda de acordo com informações levantadas, pela nossa reportagem, foi apurado que Jonas Britto Bukoski, o marido agressor, é procurado pela Justiça Cível do Rio Grande do Sul, para responder a alguns processos de cobranças de dívidas que, somadas, ultrapassam a um milhão de reais, se atualizados os valores.
Ireni contou em depoimento à Polícia Civil que as agressões físicas e psicológicas ocorriam há vários anos e que o ex-companheiro já havia a ameaçado de morte, inclusive, em certa ocasião, depois de surrá-la, fez com que a vítima cavasse a própria cova, pois, iria matá-la a machadadas.
Até esta terça - feira (12), o acusado ainda não havia sido preso. Até a publicação desta matéria, a Secretária de Segurança Pública, não enviou resposta à nossa redação sobre o caso.
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