De acordo com informações apuradas pela reportagem da Agência Tocantins, Bruno Teixeira da Cunha, acusado de mandar matar o empresário Elvisley Costa e Lima, foi condenado a 22 anos de reclusão, durante sessão do júri popular realizada nesta segunda-feira (27/11). Ainda na sentença, Bruno foi condenado a pagar uma multa de R$100 mil em indenização à família da vítima.
Os jurados consideraram Bruno Teixeira culpado por homicídio duplamente qualificado por ter praticado o crime mediante promessa de pagamento e por emboscada, dificultando a defesa da vítima.
O juiz levou em conta o fato de que o réu foi considerado foragido por mais de um ano durante o processo e acabou sendo preso em Balneário Camboriú (SC). "O condenado Bruno Teixeira da Cunha não poderá apelar em liberdade, porque permanecem hígidas as razões que ensejaram sua decretação", diz trecho da decisão do juiz Cledson José Dias Nunes.
Ainda segundo apurou a reportagem, a decisão do conselho de sentença foi proferida por volta das 05h da manhã desta terça-feira, 28. O julgamento de Bruno foi realizado no fórum de Palmas, conduzido pelo juiz Cledson Nunes.
Sobre o crime
O crime aconteceu na Capital, no dia 24 de janeiro de 2020, no estacionamento em frente a uma panificadora na Avenida Palmas Brasil. Segundo denúncia do Ministério Público do Tocantins, o acusado combinou de se encontrar com a vítima para falar sobre uma dívida. Enquanto os dois conversavam, dentro do carro, o acusado de matar o empresário chegou em uma motocicleta, atirou e fugiu.
Ainda segundo a denúncia, Bruno Teixeira, devia uma grande quantia de dinheiro à vítima, e contratou Gilberto de Carvalho Limoeiro Parente Júnior para matar o empresário. Ele teria recebido R$25 mil, antecipadamente, pelo crime. Gilberto foi condenado a 22 anos de prisão em 21 de fevereiro de 2022, durante júri popular que ocorreu em processo separado.
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Prisão em 2021
Bruno Teixeira foi preso em outubro de 2021, após ficar um ano e meio foragido. Ele foi capturado no momento em que estava no consultório de um dentista em Balneário Camboriú, cidade vizinha à Itajaí. A operação de transferência começou no dia 21 de novembro, quando ele foi levado primeiro a um presídio em Florianópolis. De lá, ele seguiu para o Tocantins no dia seguinte.
No ano passado, uma investigação da Polícia Civil do Tocantins revelou que Bruno Teixeira usou um celular institucional da Casa de Prisão Provisória de Palmas para fazer ligações e enviar mensagens em tom ameaçador para conhecidos. Na época, a reportagem revelou que o aparelho foi disponibilizado pela Unidade Penal Regional de Palmas para que detentos falassem com advogados durante a pandemia e não poderia ser utilizado para contatar outras pessoas.
A informação consta em um relatório de cinco páginas assinado por agentes da Delegacia de Homicídios de Palmas. O documento traz trechos de um Boletim de Ocorrência onde um sócio de Bruno alega estar sendo ameaçado de morte depois de desfazer um acordo porque os cheques do preso não tinham fundos.
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