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Polícia Federal desarticula esquema de fraudes milionárias contra a Caixa Econômica no sul do Tocantins

A operação foi concentrada em Gurupi, no sul do Tocantins.

28/11/2024 às 10h48
Por: Patrícia Alves Fonte: Redação | Agência Tocantins
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Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

 A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quinta-feira (28) a Operação X-Ray, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa suspeita de fraudar a Caixa Econômica Federal (CAIXA) para realizar saques milionários de precatórios judiciais. A operação foi concentrada em Gurupi, no sul do Tocantins, e também teve desdobramentos nos estados do Acre e Santa Catarina.

Ao todo, foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão, além do sequestro de bens móveis e imóveis e o bloqueio de valores em contas bancárias. A investigação, que contou com o apoio da CAIXA, revelou a atuação de três núcleos dentro do esquema criminoso:

Núcleo externo: formado por advogados e outros suspeitos que realizavam a fraude documental, como a falsificação de procurações, selos públicos, contratos e assinaturas, além de executarem o saque do dinheiro.

Núcleo interno: composto por funcionários da CAIXA, que, em conluio com os agentes externos, facilitavam a liberação dos valores.

Núcleo de lavagem: encarregado de ocultar e dissimular a origem ilícita do dinheiro, promovendo a lavagem dos capitais obtidos com o esquema fraudulento.

Saques milionários e prejuízo aos cofres públicos

O grupo atuava identificando decisões judiciais favoráveis à liberação de precatórios, usando informações obtidas de forma ilícita. Em Gurupi, a organização conseguiu sacar o montante de R$ 20.861.350,56, que deveria beneficiar empresas de serviços médicos sediadas no Rio de Janeiro.

Apesar de parte do valor ter sido recuperada – R$ 15.330.257,93 –, após uma ordem judicial do Juízo Federal do Rio de Janeiro, o prejuízo aos cofres públicos ultrapassa R$ 5 milhões.

Além desse saque em Gurupi, o grupo tentou realizar outras fraudes semelhantes em março deste ano, na cidade de Luís Eduardo Magalhães, na Bahia, com valores de R$ 945 mil e R$ 300 mil, utilizando o mesmo modus operandi.

Crimes e penas

Os envolvidos podem responder por crimes de peculato, organização criminosa e lavagem de dinheiro. As penas somadas podem ultrapassar 30 anos de reclusão, além de multa.

O nome da operação, X-Ray, faz referência à letra X, símbolo da CAIXA, vítima de prejuízos milionários devido às fraudes envolvendo precatórios judiciais.

A PF segue investigando para identificar outros possíveis integrantes da organização criminosa e aprofundar as apurações sobre o destino do dinheiro desviado.

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