As investigações da Operação Sisamnes, da Polícia Federal, realizada nesta terça-feira, 18, revelaram que Thiago Barbosa, sobrinho do governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa, utilizava indevidamente o nome do tio para tentar demonstrar uma influência que, de fato, não possuía.
Entre as alegações vazadas para a imprensa, estava a de que Thiago teria acessado um processo sigiloso do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e repassado as informações ao governador por meio de um pen drive. No entanto, essa versão não se sustenta diante dos fatos. De acordo com as investigações, a conversa que cita o suposto repasse, encontrada no WhatsApp dos suspeitos, ocorreu em 28 de junho de 2024 – quase três meses após o governador e seus advogados terem obtido acesso integral ao processo, em 15 de abril de 2024.
“Não houve qualquer recebimento de informação privilegiada, uma vez que o acesso ao inquérito já era feito regularmente e dentro dos procedimentos legais”, afirmou a defesa de Wanderlei Barbosa em nota.
A defesa também esclareceu que Thiago Barbosa e seu pai, Goianyr Barbosa, não têm qualquer vínculo com o Governo do Tocantins. Thiago atuava como assessor no Ministério Público Estadual (MPE), enquanto Goianyr não ocupa cargo na administração estadual.
Por fim, o governador Wanderlei Barbosa não é citado nem investigado no âmbito da Operação Sisamnes.