O Departamento Estadual de Trânsito do Tocantins (Detran/TO) emitiu um importante alerta sobre os riscos de não utilizar o cinto de segurança no banco traseiro dos veículos. Segundo o órgão, essa negligência pode aumentar em até cinco vezes o risco de morte para os ocupantes do banco da frente, mesmo quando estes utilizam o cinto corretamente.
Embora o uso do cinto seja obrigatório para todos os ocupantes do veículo, dados do Detran/TO mostram que a conscientização ainda é um desafio. Em 2024, já foram aplicadas 5.746 multas por falta do uso do cinto, sendo 2.826 apenas nos três primeiros meses do ano.
Um estudo da Associação Brasileira de Medicina do Tráfego (Abramet) reforça a importância do equipamento, destacando que o uso do cinto reduz em até 60% o risco de morte ou lesões graves para quem está no banco da frente e em até 44% para os passageiros do banco traseiro. No entanto, muitos ainda acreditam, erroneamente, que o banco traseiro oferece segurança suficiente sem o uso do cinto.
O gerente de fiscalização do Detran/TO, Enildo Leite, lembra que o uso do cinto é uma obrigação prevista no artigo 167 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB). “Mais que uma obrigação legal, é uma atitude responsável”, reforça. A infração é considerada grave, com multa de R$ 195,23 e perda de cinco pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
Estudos internacionais também evidenciam o perigo: segundo dados de pesquisa japonesa, cerca de 80% das mortes entre ocupantes dos bancos dianteiros que usavam o cinto poderiam ter sido evitadas se os passageiros do banco traseiro também estivessem com o cinto afivelado.
O Detran/TO segue reforçando campanhas educativas para conscientizar motoristas e passageiros sobre a importância de medidas simples, como o uso do cinto de segurança, que podem salvar vidas.
(Reportagem: Allessandro Ferreira / Agência Tocantins)