
O agricultor Ivanir Savedra foi condenado a pena de 12 anos de reclusão em regime inicial fechado por matar o também agricultor Geraldo Benedetti diante de um grupo de colegas, em uma cooperativa agrícola do Município de Santa Maria do Tocantins. O crime aconteceu em fevereiro de 2003 e seu autor foi julgado quase 23 anos depois, em sessão do Tribunal do Júri realizada na última segunda-feira, 15, no Fórum de Pedro Afonso.
A demora no julgamento se deu por recursos da defesa contra a decisão de pronúncia, ou seja, que o caso fosse a júri popular. A lentidão ainda se deu por diversas redesignações de audiências.
No julgamento, a acusação foi sustentada pelo promotor de Justiça Rogério Rodrigo Ferreira Mota, que coordena o Núcleo do Tribunal do Júri do Ministério Público do Estado do Tocantins (MPNUJURI).
O membro do Ministério Público relembrou as circunstâncias do crime e teve acatada pelos jurados a tese de homicídio qualificado por uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima, já que Geraldo Benedetti foi surpreendido com o ataque quando conversava com colegas agricultores.
O promotor de Justiça narrou aos jurados que o autor do crime se aproximou do grupo, sacou um revólver calibre 38 e ameaçou a vítima. Geraldo Benedetti correu na direção da porta de saída, mas foi atingido por alguns disparos. Mesmo cambaleando, ele chegou a área externa, mas foi alcançado pelo autor. Quando a vítima já estava caída, recebeu novos tiros, agora contra seu peito. Ele foi a óbito minutos depois.
O crime foi motivado por sentimento de vingança, já que Ivanir Savedra alegava que a vítima influenciava outras pessoas a falarem mal dele naquela comunidade de Santa Maria do Tocantins.