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Pré-candidato suspeito de envolvimento em esquema que desviou R$ 13 milhões no Tocantins é considerado foragido

A ordem de prisão é contra Zé Carlos que ainda está sendo procurado pelos agentes, foi expedida pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região, em Brasília.

05/08/2020 às 14h41
Por: Alessandro Ferreira Fonte: Redação / Agência Tocantins
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Empresário alvo da operação da Polícia Federal – PF, deflagrada nas primeiras horas dessa quarta-feira (05) nas cidades de Cristalândia, Peixe e Aliança do Tocantins, na região sul do estado é considerado foragido da justiça. Os policiais federais cumpriram mandados de busca e apreensão em imóveis ligados ao empresário.

José Carlos Soares, mais conhecido como Zé Carlos, filiado no PTB, é suspeito de envolvimento de um esquema criminoso que já desviou cerca de R$ 13 milhões em contratos envolvendo o transporte escolar.  

Segundo informações, Zé Carlos já torrou muito dinheiro em aliança no intuito de fomentar a sua pré-candidatura, o que para muitos moradores da cidade é somente com o intuito de se eleger prefeito.

A ordem de prisão é contra Zé Carlos que ainda está sendo procurado pelos agentes, foi expedida pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região, em Brasília.

Segundo a PF, durante as investigações foi constatado que a empresa não tinha funcionários, o que indica se tratar de negócio de fachada.

Além do mandado de prisão preventiva contra o empresário, foram nove ordens de busca e apreensão nas cidades de Aliança do Tocantins, Peixe e Cristalândia, além das ordens de afastamento para os dois prefeitos e um servidor que é chefe de licitação em um dos municípios.

A Agência Tocantins tenta contato com a defesa do empresário, porém até a publicação dessa reportagem, nossa equipe não havia conseguido contato com os advogados.

O esquema

A informação é de que a empresa teria vencido licitações após direcionamento. Segundo as investigações foram encontrados vários depósitos de propinas em contas bancárias que seriam ligadas aos prefeitos, no mesmo período em que ocorreram as contratações.

A ordem de prisão é contra um empresário de Aliança do Tocantins que ainda está sendo procurado pelos agentes. Segundo a PF, durante as investigações foi constatado que a empresa não tinha funcionários, o que indica se tratar de negócio de fachada.

Ao todo estão sendo cumpridos um mandado de prisão preventiva e nove ordens de busca e apreensão nas cidades de Aliança do Tocantins, Peixe e Cristalândia, além das ordens de afastamento para os dois prefeitos e um servidor que é chefe de licitação em um dos municípios.

Os mandados foram expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região, em Brasília. São 42 policiais federais envolvidos nessa operação. O afastamento dos prefeitos é imediato e por tempo indeterminado.

Os investigados poderão responder pelos crimes de fraude à licitação, desvio de verbas públicas, corrupção ativa, corrupção passiva e associação criminosa, cujas penas somadas podem ultrapassar 30 anos de prisão. O nome da Operação faz referência à relação “direta” e pessoal existente entre o empresário e os agentes públicos, com a existência de favorecimentos entre as partes.

A situação do transporte escolar em Peixe vem sendo alvo da Justiça e do Ministério Público há alguns anos. O MPE iniciou uma ação civil pública em 2019 após alunos da área urbana e da zona rural ficarem sem os ônibus na volta às aulas.

Também ocorreram várias reclamações sobre a situação do transporte e a falta de vistoria nos ônibus. Além disso, a empresa que administra o serviço teria deixado de realizar pagamento para os motoristas e donos dos carros.

O que dizem os citados

A Prefeitura Municipal de Peixe foi notificada sobre a investigação e suspeita da Polícia Federal e esclarece que está colaborando com todas as informações necessárias e está à disposição da justiça, visto que todo o procedimento licitatório está dentro da legalidade. O prefeito José Augusto Bezerra Lopes também irá recorrer da decisão de afastamento preventivo.

Na manhã desta quarta-feira, a prefeitura de Cristalândia foi notificada sobre a investigação e suspeita da Polícia Federal e esclarece que está colaborando com todas as informações necessárias. Esclarece ainda que todos os processos licitatórios da gestão são feitos dentro dos trâmites legais. O prefeito Cleiton Batatinha irá recorrer da decisão cautelar de afastamento.

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