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Após investigação da Polícia Civil, homem é condenado por crimes graves contra ex-companheira em Esperantina

Vítima, ex-companheira do agressor, passou várias horas em poder do criminoso e sofreu todo tipo de violência.

Patrícia Alves
Por: Patrícia Alves Fonte: Redação | Agência Tocantins
14/04/2025 às 19h21
Após investigação da Polícia Civil, homem é condenado por crimes graves contra ex-companheira em Esperantina
Homem foi condenado a 25 anos e nove meses de reclusão, em regime inicialmente fechado - Foto: Divulgação Web

Um trabalho técnico, célere e rigoroso da Polícia Civil do Tocantins, por meio da 7ª Delegacia de Polícia Civil de Esperantina, resultou na condenação de um indivíduo a 25 anos e nove meses de reclusão, em regime inicialmente fechado, por diversos crimes cometidos contra sua ex-companheira. O caso é considerado um dos episódios mais graves de violência doméstica já registrados na região do Bico do Papagaio nos últimos anos. A sentença foi proferida na última quinta-feira, 10.

Os crimes ocorreram na noite de 9 de janeiro de 2025, em uma propriedade rural conhecida como “Chácara do Claudísio”. “Durante mais de 16 horas, a vítima foi submetida a espancamentos, estupros sob ameaça com arma de fogo, cárcere privado e tortura psicológica. Um dos atos mais humilhantes praticados pelo agressor foi cortar, com uma faca, os cabelos da companheira à força, atitude simbólica de dominação e violência, que marcou profundamente a dignidade da vítima”, destacou o delegado-chefe da 7ª Delegacia de Polícia Civil de Esperantina, Jacson Wutke.

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A mulher foi impedida de sair, obrigada a permanecer nua e mantida sob vigilância armada, sendo constantemente ameaçada de morte caso tentasse fugir ou pedisse ajuda. Somente na manhã seguinte, durante um momento de distração do agressor, a vítima conseguiu escapar, correndo despida por um matagal até encontrar a irmã, momento em que se deu início à atuação da Polícia Civil.

Investigação

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Com base em depoimentos detalhados, testemunhas consistentes e provas periciais, a investigação conseguiu comprovar a materialidade dos crimes e identificar o autor.

O delegado Jacson Wutke destacou que a atuação da Polícia Civil foi decisiva para evitar um desfecho ainda mais trágico. “A escalada criminosa nesse relacionamento é absolutamente nítida. Começou com ciúmes excessivo, evoluiu para o controle da liberdade, agressões físicas e psicológicas, estupros e ameaças de morte. Felizmente conseguimos intervir antes que este caso resultasse em mais um feminicídio, como infelizmente ainda ocorre com frequência em todo o país”, ressaltou.

O delegado também reforçou a importância da denúncia. “A orientação é clara: quanto antes a vítima procurar a Polícia Civil, maiores são as chances de interromper o ciclo de violência e salvar vidas. A denúncia é o primeiro passo para romper com esse silêncio mortal.”

Condenação

Após o oferecimento da denúncia pelo Ministério Público, a Vara Criminal da Comarca de Augustinópolis (TO), por meio de sentença proferida pelo juiz Alan Ide Ribeiro da Silva, reconheceu a gravidade dos fatos e acolheu integralmente as provas apresentadas, condenando o autor pelos crimes de estupro, lesão corporal qualificada, ameaça majorada e cárcere privado qualificado, todos cometidos no contexto de violência doméstica e familiar.

O delegado Jacson Wutke também ressaltou o papel fundamental do Judiciário tocantinense na responsabilização de agressores e proteção das vítimas: “É preciso enaltecer a postura corajosa e técnica do Poder Judiciário do Tocantins, que tem se posicionado de forma firme na proteção às mulheres e no combate à violência doméstica. Em especial, o magistrado que conduziu este caso demonstrou profunda sensibilidade social, enfrentando com rigor a gravidade dos crimes e aplicando uma pena justa, proporcional e necessária. Em tempos em que tantas vítimas são desacreditadas ou silenciadas, decisões como essa têm um efeito transformador, não só para as partes envolvidas, mas para toda a sociedade. Cada decisão firme representa um passo a mais na construção de uma sociedade mais segura e igualitária”, finalizou.

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